sábado, 4 de junho de 2011

Amar não acaba






Tive algumas dúvidas no titulo do meu blog. Mas tive de lhe dar um nome que falasse um pouco de mim. Ele é sugestivo, ele faz parte de mim, ele é forte, mas é verdadeiro, pelo menos na minha vida.
Considero que Amar é das coisas mais difíceis da vida, não estou a falar do Amor em que namoramos, em que o lógico é casar, ter filhos, olhar para o outro como uma companhia e, na maior parte dos casos o outro já nem existe, só presencialmente. Este Amor é o mais vulgar, é o mais frequente. Eu estou a falar de Amar como Maria Teresa Horta e reflectir como Maria do Rosário Pedreira. São duas mulheres muitos diferentes, mas que se complementam, ou melhor complementam-me. Concordo inteiramente com Natália Correia: "Quem não é capaz de enfrentar um escândalo por amor, não é capaz de amar...", como eu concordo com ela, só privilégio de alguns.
"Tenho sofrido todas as perseguições a que estão sujeitos os contrabandistas dos diamantes que habitem as palavras proibidas", também da mesma escritora. Bem penso que me estou a desviar do assunto, mas quando escrevo gosto de divagar, de ir escrevendo, de ir ligando os meus pensamentos, os meus sentimentos.
O Amor pode ser entre homem e mulher, pai e filho, amigos, etc... mas por vezes concordo por demais com Marcello Duarte Mattias, sobre as pessoas "E, de súbito, por uma razão aparentemente anódina, perde-se o respeito por alguém que até aí no-lo merecera...Talvez que, feitas as contas, não o merecesse de todo." Por outro lado concordo inteiramente com alguém que adora o Mar sobre o seu poder, a sua força, mas sou obrigada a concordar mais com as palavras de Thomas Mann "Penso muitas vezes no dia em que vislumbrei o mar pela primeira vez. O mar é grande, o mar é imenso, o meu olhar vagueava pela praia fora e esperava ser libertado: mas lá ao fundo, porém, estava o horizonte. Por que razão tenho eu um horizonte? Da vida, eu esperei o infinito (in Desilusão).
Desde que sou mãe "Deixei de me preocupar com o tempo. Não é uma linha, é um vento, uma onda do mar que é preciso seguir (...) O único tempo real é acordar de manhã, esfregar as mãos e dizer: vamos viver este dia (Rui Chafes).
Para mim "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera (Clarice Lispector).
Mas há um tempo para partir, mesmo quando não há um lugar certo para ir.
(Tennessee Williams).

Imagem: Man Ray
(Pesquisa (IPLG)


1 comentário:

  1. O verdadeiro Amor é imune a todos os possíveis escândalos... o verdadeiro Amor conseguiu ser descrito por Florbela Espanca, é o Amor que não se consegue definir mas que é o sentido fundamental da Vida! :o)))

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